quinta-feira, 20 de março de 2014

A flor do inverno

A flor do inverno
Victor Ciriaco



Em meio ao vento surreal contemplei as colinas uivantes de meu interior
Ouvindo apenas o sussurro árido dos dias que se foram,
Porem, os segundos se curvaram mediante ao nascimento daquela que teria para sempre minha alma.

Seu pai, o inverno,
A aqueceu para sempre com seu coração,
Embalando sua voz com as canções do oceano,
Fazendo-me escutar teu sussurro milhas e milhas distantes.

Que linda era a flor que desabrochara!
Encantador evento, que o próprio tempo fraturou seu curso para contemplar.
E em meio ao escarlate de sua dança, percebi que apenas ela, poderia me tornar um.

Embora meus dias fossem frios como a neve,
Sua doce sonata preencheu as encostas de minha alma,
Mostrando-me que apenas agora floresci,
Mediante ao esplendor de tua cor, vi apenas agora sou vivo.

Mostre-me para sempre como sonhar através de teu doce aroma espalhado ao vento,
Disperse suas pétalas pelo céu e me abduza para cada vez mais próximo de tuas mãos.
A vida que exalas é apenas um reflexo de tudo o que sempre quis ser.

Através da brisa de inverno, minhas memórias eram sopradas.
Recordando sorrisos na noite que nunca pude contemplar.
Estarei sempre contemplando o seu irradiar, sentado ao seu lado.

Juntos, assistiremos a mudança das estações,
Inverno, primavera, ou verão… nada importa.

Juntos, para sempre… abraçaremos a chuva.

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