quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Reflexões do Ontem

Reflexões do Ontem
Victor Ciriaco



Olhando, olhando
Lendo e lendo mais uma vez,
Possuo apenas algumas palavras em meu coração como aviso.

Escute, sinta, seja um mais uma vez consigo...

Escute a chuva lutando contra o solo na tempestade,
Sinta o vento chorar levando com ele toda a sua tristeza,
Espere ate a manha, e abrace o sol que toca a sua pele.

A vida nos presenteará para sempre com dor,
Somos todos destinados a padecer um dia
Porém não seria isso que a torna bela?

O momento é a existência,
É a sua essência, seu coração

O passado moldou você com os reflexos de seu espelho quebrado
Mudou você através da neblina no escuro
Mantendo sua sabedoria salva e escondida de suas mãos

Todavia ele é real, e luta para seus passos de volta a ele,
Para olhar as faces mortas de você mesmo mais uma vez,
Mostrando que a culpa em seu coração é a maior dor que podemos sentir,


Repouse, durma em meu colo e sinta a serenidade invadir as barreiras do medo
A sentença do seu passado delineará o desabrochar da próxima estação
Inverno ou Verão,
Sol ou chuva, todos são os mesmos
Apenas traga as cores eternas para as chuvas que virão...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Fragmentos de mim


Fragmentos de mim
Victor Ciriaco




Talvez o tempo e o espaço não me agraciem mais
Talvez a lembrança passará a imperar em minha existência
Escrevendo versos solitários de um por do sol esquecido,
Aguardando o brilho negro da lua

A busca por mim mesmo no caminho sem fim devo fazer,
Procurando fragmentos eternos do meu ser,
Para assim unir novamente todas as partes de mim,
E entregar mais uma vez a pintura que lutei para fazer...

sábado, 17 de setembro de 2011

Baladas de Inverno

Baladas de Inverno
Victor Ciriaco



Enquanto o sol vem e vai,
Enquanto as estações dançam a minha frente eu vejo,
Os primeiros flocos de neve caírem sobre minhas mãos trazendo um tempo desconhecido
O sabor frio de um momento outrora eterno,

O céu uma vez azul agora chora em seus tons de cinza,
Sofrendo com as tempestades negras de cada coração
E renascendo chorando mais uma vez, sobre as lagrimas de neve que chegam ate meu corpo

Feche os olhos do corpo,
Abra os olhos da alma,
Salve seu espírito do inferno congelante da vida,
Pois a neve continuará a cair, o tempo, as horas e minutos não se curvarão mais uma vez

Caminhando só eu vou através das ruínas geladas de meu caminho
O canto do vento gélido me embala enquanto as lagrimas secam em meu rosto
Convidando-me a sucumbir aos seus encantos,
A ser quem eu nasci para ser, morrendo mais uma vez para o mundo,
Uma alma vazia para um mundo esquecido para sempre,
Libertando o mal puro e frio que sempre quis ser


Sinta as baladas de inverno invadirem o seu ser,
Escute os instrumentos da alma que o seu só o seu coração criou
Nada é real acredite em mim, a vida não é real
Mas que lutar contra as tormentas dela seja o nosso destino

Nunca houveram as tardes quentes de verão
 Sei que podes perceber, que o que houve foi uma breve trégua do doce inverno
Dias tão breves e noites tão longas...

A floresta de seus medos envolve seu corpo nu com as raízes de seus sonhos quebrados,
Acariciando seus seios,beijando seu sua face e seu torso, penetrando cada vez mais fundo em sua mente,provando assim de seu doce sangue
A adormecendo em sua sonata obscura e chamativa,
Criando quimeras dançantes a sua frente,
Moldando pensamentos de céu e terra em seu coração,
Formando cenários mágicos aos seus olhos, o convidando a sonhar a plenitude de um amor
Fazendo-nos semeadores de uma terra infrutífera, que apenas brota através das palavras de quem realmente somos, com sementes cultivadas por nossa alma,

As baladas de inverno foram condenadas a esperar para sempre por você,
Para te guiar pelos bosques escuros de seu andar
Para lhe ver perecer e enfeitiçar seus olhos com miragens nos flocos de gelo
Para ver a fada que és completamente nua, banhando os céus cinza com sua beleza.


Não olhe para os olhos gélidos minha fada, pois na neve há muitos caminhos
Enquanto o mal se esconde em diversos disfarces nessa dança encantadora
Apenas para aprisionar seu corpo, alma e coração nas celas da frieza ardente do amor

As verdades das tardes de verão não são ilusórias como os seus dias,
Abra os seus belos olhos, voe com suas asas brilhantes e veja através desse cenário árido.
Você ainda pode voar, seu coração pode ser para sempre livre,

Porem, as baladas encantadas de inverno sempre voltarão, mas que os ventos gelados lhe tragam paz ao invés do choro em seus olhos,
Apenas sinta o agora e para sempre a brisa gelada acariciando seu rosto
Dias magníficos esperam por você.