sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Imaterial


Imaterial
Victor Ciriaco



Os espaços vazios em minha mente se desprendem,
Enquanto sinto ressoar florescente dos dias que estão por vir,
Lamento não poder ter voado até os limites de minha sanidade,
Pois, as lembranças insistem em fixar meus pés em solo firme.

Com o passar das nuvens, meus pensamentos distorcem minha voz
Fé sem esperança,
Enquanto me pergunto se ainda sou a mesma criança de outrora.

E então, mais uma vez o tempo vem e com sua gravidade me lança ao chão
Revelando em meu corpo a gravidade dos meus erros,
Beleza torturante, sabor irreal.

Volto a ouvir o badalar do pendulo de meus desejos,
Andando na estrada sem fim de minha realidade sem sentido,
Evito a luz, enquanto ondas de meus sonhos quebram geladas em meus pés

Mergulho e respiro,
Apenas tento respirar, ao passo que resumo minha vida a apenas uma frase,
E espero pelo brilho de meus dias.

E a cada vôo e queda os céus ideais se formam,
Mostrando-me que não estou sozinho,
Despertando para sempre as canções dentro de mim,

Nos limites da verdade eu permaneço,
Orando no escuro, para que as nuvens do céu não caiam,
As luzes das estrelas banham meu coração,
Mediante aos sons e silêncios, encontro meu caminho.