sexta-feira, 31 de maio de 2013

Esquecimento

Esquecimento
Victor Ciriaco



Um dia, os dias irão passar como as nuvens do céu,
Um dia, minhãs mãos outrora firmes estarão trêmulas
Como os ventos que correm através das folhas serei,
E através de suas lembranças tudo se tornará vivo novamente.

Mesmo com o passar das incontáveis quebras das ondas,
Vejo que ainda estou tão longe dos dias de serenidade
Ainda sou uma criança em um mundo tão imperfeito,
Implorando para que os limites do tempo se curvem diante de minha juventude

Preciso ver tantas coisas que as luzes que o mundo me oferece,
Risadas soltas ao tempo, lágrimas frias em um espaço vazio.

Antes que meu corpo se curve ao chão,
Serei compelido a sentir meu coração navegar através do oceano imensurável da vida,
Antes que meus olhos me enganem e meus pés não toquem mais as nuvens alvas,
Preciso sentir o cheiro verde da relva, o brilho da cidade viva.

Um dia me, juntarei a caravana de estrelas dos que vieram antes de mim,
Sentarei em minha velha cadeira de balanço contando histórias que em breve cairão em esquecimento,
Para aqueles que dançarão no sublime baile dos sonhos partidos, na bela existência fadada ao fim.

E lá, das estrelas, olharei para baixo e me perguntarei:
Onde será que está você, meu amigo?
Eu sempre estarei aqui, te esperando,
Para que juntos, lembremos das histórias na terra,

Navegando para sempre, no bálsamo do céu.