sexta-feira, 19 de abril de 2013

Gnosis



Gnosis
Victor Ciriaco



Abraçado pela natureza distorcida,
Retribuição obtida pela existência escura,
Privado da real razão de existir
Enquanto servimos apenas nossos desejos,

Afastando, afastando
Voando contra o ar que nos empurra para o chão,
Perdendo a essência que outrora era livre,
Apenas sombras de terras mergulhadas em dor,

Sangue,
O prazer escarlate que flui dos olhos daqueles que caem,
Medo emanante da terra
Terror crescente acompanhado do cortar da lâmina,

As mãos que nos plantaram na terra a eras atrás,
Cubra seus olhos e queime seus sonhos,
E com isso, a liberdade se torna escrava,
O senso esmaecido de inocência, por fim se vai.

Por mais que viajemos durante eras, através do cosmos,
Forçamo-nos a sermos fadados a cair por mãos que afagam nossos rostos,
Enquanto a alma brilhante eclipsa negro.

Aceite, esses são seus passos,
Beije os lábios da incerteza,
Abraçe o medo.

Acredite, extinção é a estrada que trilhamos,
Pois, somos vítimas de nosso próprio crime,
Forjados pelo fogo espalhado pela terra
Banhados no sangue do criador.

Caindo, sempre caindo,
Na dimensão do fim.