A grande tragédia de Nerak: Thalamus
Victor Ciriaco
Há
quanto tempo estou dormente, supenso nas sombras da luz?
Quantas
eras vagando pelo inconstante espaço
tempo?
Cada
fim me mostra um outro início, movendo-me para longe de casa,
Para
um plano além do que meus olhos conseguem contemplar e conceber como real.
Os
horizontes caem como máculas de um firmamento incerto,
Enquanto
endosso em minha cabeça a coroa carmesim de meus pecados,
Clamo
pelo canto das nereidas perdidas na espera de um sorriso doce,
Mas
assustadas elas observam, escondendo suas faces sobe longas tranças.
Ali
havia apenas uma figura deformada, distorcida pelos vetores incontínuos de uma
existência fadada a padecer.
"Não
vá até o fundo, viajante. Desespero é tudo o que você encontrará"
O
peso do homem esmaga meus pensamentos,
Cego
e acreditando enxergar, preso no fluxo contínuo do nada,
Majestade
de um oceano repleto silêncio.
“Siga,
nade, esmaeça e retorne” entoavam elas em um frenético canto.
"Torne-se
o triunfo dos afogados, pinte seu arabesco,
Zarpe
do porto paradoxal de si mesmo
O
opulento paraíso ainda se encontra distante,
E
sua viagem será tão mortal como as folhas mortas que beijam as águas em que és
rei..."
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