Os sonhos do oceano, perdidos na luz
Victor Ciriaco
Reunir
todas as frações de mim,
Encontrar
a perfeição em ser só um homem,
Viver
com a promessa de que fui feito para algo grandioso,
Será
que se um dia, se eu aprender a como romper os limites da distância,
Poderei
ser abraçado por meu senso esmaecido de inocência?
Nenhum
sonho perdura nessas águas escuras,
Nossas
mãos são forçadas a lutar contra a tormenta mais uma vez.
Mais
uma vez fomos retirados da terra firme que acreditávamos que tínhamos,
Lançados
mais uma vez contra o mar,
Fecho
os olhos enquanto seguras em minha mão,
Enquanto
as ondas tão escuras se levantam, tentamos vence-lás com nossos punhos,
Porém
é impossível, descobriremos que apenas o amor nos fará flutuar.
A
vida é tão perfeita meu bem!
Nossos
caminhos se vão e ainda assim estão sempre unidos como as águas do mar,
A
correnteza nos faz avançar sem a certeza de uma nova manhã,
As
mentiras são apagadas pelas ondas,
O
mar em que derramamos nossos sentimentos nós retribuirá com o reflexo de quem
realmente somos.
E
a cada fôlego renascemos das águas,
Lembramos
do dia em que nos conhecemos,
Dos
sonhos que compartilhamos,
Das
palavras não ditas,
E
enquanto as águas nos mostram o caminho na tempestade, percebemos a verdade,
Ainda
estamos na praia, tecendo sonhos na terra e desenhando nuvens do céu.
Aonde
quer que nossos sorrisos estejam,
Me
de sua mão e nos reuniremos novamente em silêncio,
Pois
as pinturas ficaram perdidas no tempo,