O tempo, o vento, palavras
Victor Ciriaco
Os
segundos vêm de contra a mim nas vinte e quatro danças do dia,
Deixando-
me com uma razão desconhecida,
Um senso
frio de bem e mau,
Um
gosto tão doce de lembranças perdidas há tempos atrás.
Todas
as palavras que disse em silêncio outrora voltam a mim,
Atravessam
a minha porta,
Saltam
por minhas janelas,
Enraizando
a certeza que as mesmas não pertencem mais a meu coração,
E
sim a você.
Agora
e sempre eu posso ver,
Teu
sorriso brilhar em meio a tantas marcas em meu corpo,
Com
versos de um novo começo,
Dizes-me
que pode colorir o meu mundo tão monocromático,
Que
é o fim dos sonhos moldados em preto e branco.
Agora
e sempre posso sentir,
Que
és a canção de um novo inicio em meio ao deserto,
Que é a luz que cresce e brilha no mais
profundo de meu eu,
Que
é o sussurro delicado em meus ouvidos pela noite,
Sopre
sobre mim a paz que sei que podes me dar,
Preencha-me
com tua luz e me deixe navegar na imensidão de seus lábios,
Quebre
os limites que impedem suas asas de planarem ao meu lado.
Pois,
até mesmo as palavras perdidas se encontram,
Em
meio ao mundo formado em silêncio.
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