sábado, 5 de maio de 2012

O tempo, o vento, palavras


O tempo, o vento, palavras
Victor Ciriaco




Os segundos vêm de contra a mim nas vinte e quatro danças do dia,
Deixando- me com uma razão desconhecida,
Um senso frio de bem e mau,
Um gosto tão doce de lembranças perdidas há tempos atrás.

Todas as palavras que disse em silêncio outrora voltam a mim,
Atravessam a minha porta,
Saltam por minhas janelas,
Enraizando a certeza que as mesmas não pertencem mais a meu coração,
E sim a você.

Agora e sempre eu posso ver,
Teu sorriso brilhar em meio a tantas marcas em meu corpo,
Com versos de um novo começo,
Dizes-me que pode colorir o meu mundo tão monocromático,
Que é o fim dos sonhos moldados em preto e branco.

Agora e sempre posso sentir,
Que és a canção de um novo inicio em meio ao deserto,
 Que é a luz que cresce e brilha no mais profundo de meu eu,
Que é o sussurro delicado em meus ouvidos pela noite,

Sopre sobre mim a paz que sei que podes me dar,
Preencha-me com tua luz e me deixe navegar na imensidão de seus lábios,
Quebre os limites que impedem suas asas de planarem ao meu lado.

Pois, até mesmo as palavras perdidas se encontram,
Em meio ao mundo formado em silêncio.

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