quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Torres do Silêncio

Torres do Silêncio
Victor Ciriaco





O tempo vem até mim como uma onda de águas escuras e altas,
Não posso nadar, pois, o peso dos sentimentos perdidos e pensamentos obscuros não me levarão de volta ao ventre dos sonhos,
Ao meu castelo caído após a triste e furiosa batalha do existir,

A falta de luz no trajeto de nossas existências
Faz-nos pregar cada vez mais a escuridão dos dias,
Entrando em colapso entre a fantasia e realidade,
Transformando cada fração de cada um de nós em pó.

Talvez a salvação seja o nada,
Talvez nada seja a salvação.

Amor...  poderia esse ser o real sentimento?
Pergunto me alem do sentido de qualquer lugar que uma palavra pode levar-me
Uma fração de sentimento ou a alma de nossos dias?
Um vilão trajado de negro e um herói alvo o amor é,
Pois apenas as palavras são armas nas mãos de tolos e sábios.

Tento responder a estrada de meu futuro desconhecido,
Com sussurros inexprimíveis de meu ser,
Enquanto permaneço deitado em meu travesseiro de pedra, contando as estrelas.

Jamais irei esquecer-me das palavras que vieram de longe,
Palavras que o vento me trouxe como um presente,
Pois um dia, estarei perto, para lhe entregar uma bela melodia
Mas enquanto isso, permaneço eu só em meu caminho

Estarei perto quando minha jornada terminar,
Pois a mudança de dia para noite são horas aos nossos olhos
Porém um segundo em meio à eternidade da natureza.


Enfrentando a tempestade que ainda há de vir,
Sentado em meu trono caído da serenidade,
Observando a construção das torres do Silêncio...

Piedade.

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