Esquecimento
Victor
Ciriaco
Um
dia, os dias irão passar como as nuvens do céu,
Um
dia, minhãs mãos outrora firmes estarão trêmulas
Como
os ventos que correm através das folhas serei,
E
através de suas lembranças tudo se tornará vivo novamente.
Mesmo
com o passar das incontáveis quebras das ondas,
Vejo
que ainda estou tão longe dos dias de serenidade
Ainda
sou uma criança em um mundo tão imperfeito,
Implorando
para que os limites do tempo se curvem diante de minha juventude
Preciso
ver tantas coisas que as luzes que o mundo me oferece,
Risadas
soltas ao tempo, lágrimas frias em um espaço vazio.
Antes
que meu corpo se curve ao chão,
Serei
compelido a sentir meu coração navegar através do oceano
imensurável da vida,
Antes
que meus olhos me enganem e meus pés não toquem mais as nuvens alvas,
Preciso
sentir o cheiro verde da relva, o brilho da cidade viva.
Um
dia me, juntarei a caravana de estrelas dos que vieram antes de mim,
Sentarei
em minha velha cadeira de balanço contando histórias que em breve
cairão em esquecimento,
Para
aqueles que dançarão no sublime baile dos sonhos partidos, na bela
existência fadada ao fim.
E
lá, das estrelas, olharei para baixo e me perguntarei:
Onde
será que está você, meu amigo?
Eu
sempre estarei aqui, te esperando,
Para
que juntos, lembremos das histórias na terra,
Navegando
para sempre, no bálsamo do céu.