Memórias
Victor Ciriaco
Viro-me
para trás e vejo os dias que se passaram,
Me
afogando nas manhãs em que nossos sorrisos eram tão inocentes
Dançando
em meio ao mágico do novo que outrora me cercava.
Agora,
vivendo os dias finais de uma longa estrada,
Vejo
as belas arvores que plantamos no percurso,
O
perfume das flores, o aroma do desconhecido.
A
hora de atravessarmos a ponte se apressa diante de nós,
Escutando
sussurros de um tempo que permanecerá sempre vivo,
Moldado
por nossas lágrimas e selados por nossos sorrisos.
Cada
pequena memória repousará para sempre dentro de nossos corações,
Banhada
nas margens dos sonhos que construímos,
Enquanto
o frescor dos dias novos nos brinda.
Que
nossos sorrisos tornem se a luz nos caminhos escurecidos pela tempestade,
E
que as lembranças dos dias árduos possam para sempre sarar nossas feridas,
Pois,
é tarde demais para as lágrimas tocarem o chão.
Enquanto
mergulhamos fundo no oceano da vida.
Antes
do verão se tornar inverno,
Serei
compelido aceitar seu adeus,
Enquanto as nossas risadas ecoam pelo céu etéreo,
Carregados
pelo destino, constrangidos pela luz que criamos dentro de nós.
A
brisa do inverno nos manterá sempre unidos,
Mantendo
nossa chama viva, pelo caminho longo e ventoso.
Até
um dia, meus amigos,
O
infinito nos aguarda.
Pois,
além das estrelas existe um lugar
Em que
nossos corações irão sempre retornar.